Mensagens

A mostrar mensagens de janeiro, 2015

olho para o céu do meu quarto

olho para o céu do meu quarto   e vejo o teu rosto nas estrelas imaginárias deitado sobre este leito acolhedor do infortúnio neste escuro que me ilumina nas obscuras águas cristalinas dos meus rios-olhos rio-me contigo até adormece do vento chegam-me versos de uma melodia   cantada por um qualquer trovador perdido num tempo já esquecido que talvez nunca chegou a existir mas que são o embalo embargado deste rafeiro que julga ser o que não é que quer ser o que não pode e é o que não quer ser nuno campos monteiro 29.I.2015

olho para ti e sorrio

olho para ti e sorrio como és diferente agora não que não sejas o que sempre foste mas agora és mais      és de um outro jeito mais simples e mais bonito imagino-te sentada a escrever aí no teu quarto       e sorrio   alimentando a quimera que       aí no teu quarto penses em mim e me escrevas como é tudo tão curioso   e estranhamente estranho mas bonito       muito bonito   boa noite      'my darling' nuno campos monteiro nuno campos monteiro 18.I.2015

acho-te graça

ach o-te graça quando me olhas e deixas escapar um sorriso acho-te graça quando sorris e os teu olhos meninos revelam o nosso segredo acho-te graça quando te deixas encantar pelas minhas histórias e enredos acho-te graça quando admiras e admites a minha vaidade pseudointelectual acho-te graça quando acreditas no que digo e no meu ser artista acho-te graça quando me tentas entender ajudar e solucionar os meus cismas acho-te graça quando     como agora finges escutar-me     mas apenas ouves quando na primeira oportunidade desvias o foco e a atenção da conversa para ti e ao fim duas ou três tentativas faço como Clarice Lispector ou como Caio   Fernando   Abreu     já nem sei e guardo a minha dor no bolço para     genuinamente     cuidar da tua apenas e tão somente porque acho-te graça nuno campos monteiro 4.I.2015

vi-te no comboio

cruzamo-nos todas as manhãs  ao romper o dia no começo da nossa azafama diária tu sorris-me sempre com simpatia e eu só posso retribuir com timidez sinceridade e delicadeza todos os dias     num escasso espaço temporal de apenas quinze minutinhos    os nossos destinos unem-se e juntos percorremos o mesmo trilho olhas-me todos os dias           saberás que despertas a minha manhã e preenches o vazio crónico instalado em mim saberás o que sinto que significado tem o teu sorriso o teu terno e cúmplice olhar nunca o saberás          optei por uma vida comprometida com a minha realidade e com a minha estranha forma de vida quem sou eu alguém que te vê no comboio e detesta o fim-de-semana     as férias e feriados     porque são impedimento de te ver      nuno malela 1.I.2015