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A mostrar mensagens de abril, 2015

hoje olhei para trás e sorri

hoje olhei para trás e sorri, sorri como quem acena,  como quem aceita   como que viveu  e ficou lá trás.  hoje olhei para trás e sorri sorri como se tivesse vivido muito, como se aceitasse a vida como ela é. "p'ra quê chorar se o sol já vai raiar se o dia vai amanhecer? p'ra quê sofrer se a lua vai nascer é só o sol se pôr?" hoje, olhando para trás e sorrindo, percebi que poucos feitos   ficarão meus neste mundo que pouco tenho que faça sentido... por isso olhei para trás e,   entristecido, sorri... nuno campos monteiro (escrito a 12. II.2014)

in recordações de ti

(...) e foi então que o tão desejado – porém inesperado – momento aconteceu:  perscrutando o trêmulo olhar, disse “anda que eu pago-te um sorriso” e terminou a sua proposta com um ousado beijo deixando toda a assembleia perplexa.   Catarina levantou-se: aceitou a segurança que a mão, à sua frente estendida, lhe oferecia; sorriu e deixou-se conduzir por ele para o desconhecido, para um mundo ainda por descobrir. Já iam a dobrar a esquina quando alguém gritou a pulmões cheios: “tens a certeza que é isto que queres?” Pararam e entreolharam-se. Sorriram e Catarina respondeu: “não sabemos mas juntos vamos descobrir; se nunca tentarmos nunca o saberemos”. Então ele acariciou-lhe o rosto afastou-lhe o cabelo, que o vento empurrara para a frente dos olhos, e confessou: " apenas sei que perco a inspiração se tu não estás comigo!" E juntos percorreram um longo caminho... Hoje observo tudo isto numa remota memória como fosse uma bonita pintura... in recordações de ti

Epistula Prima

Quando pensei ter citado a última palavra o cenário muda; e muda de uma forma completamente inusitada. Convicto que vivera já o bastante – não tudo, não muito: o que bastante para – para encontrar (e perder) algo e alguém realmente importantes, pois eis que chega alguém para descobrir algo e deitar tudo por terra. Mas é essa a beleza da vida, significa que há um mistério que perdura e uma incrível história em mim por desvendar. É tão somente isto que existe em mim; foi tão somente isto que aconteceu enquanto quiseste existir comigo na minha vida. Para sempre, teu Nuno Campos Monteiro, 16.IV.2015

usa

és tu a minha recusa que me assusta tanto custa e acusa és tu ousa usa abusa acusa desusa recusa nuno campos monteiro 15.IV.2015

doís-me

doí-me a tua laje fria o teu desdém hoje soas-me a agonia hoje sabes-me a ninguém na dureza do teu olhar oh doce desilusão desejei para sempre despertar um pouco de amor no teu coração o que mais me custa na vida é amar     amar sem condão o que mais faço na vida é amar     amar sem coração nuno malela 15.IV.2015

O silêncio

O que mais me custa não é a noite nem é o frio mas sim a tua ausência: o lugar vazio; o silêncio que acusa a minha ousadia de te amar, os meus sentimentos e as emoções ainda por controlar; o silêncio que estala na madeira e me assusta - só de o ouvir “jesus!” estremeço: eis que é o fim a anunciar o seu começo! Hoje és a minha recusa, és apenas tudo e nada esperar: és tudo poder e nada querer encontrar. nuno campos monteiro 15.IV.2015