olhando para trás
o meu pensamento não te abandona e sinto na boca amarga o sal das lágrimas que deixei escapar a tarde cai leve e serena olhando para trás parece-me ver uma porta fechada sinto então pesar-me a fatalidade de toda uma vida efémera arde-me nos olhos nublados a luz do sol que outrora brilhava em fins de tarde plácidos e ainda trago nos olhos é a saudade que não me abandona nem por um só instante conjurada com a incerteza de idos destinos doloroso ou divinos não sei olho para trás para ti para mim para nós e vou procurando 29.IX.2018