Não é fácil compreender a minha cabeça e, principalmente, viver dentro dela. Como o típico portuguesinho , preciso de rotinas, ainda que as possas quebrar quase rotineiramente, é paradoxal, eu sei. Pareço aluado – também tenho consciência desse facto – mas não gosto de construir castelos no ar nem de pisar caminhos movediços. Não sendo um grande apreciador de espectáculos circenses – exceptuo o Cirque du Soleil – a corda bamba não é de todo a minha ferramenta de trabalho, no sentido lato da palavra, intenda-se. Embora muitos afirmem ser essa a minha especialidade, a ter alguma, essa não é com toda a certeza a minha. Daqui advém o meu mais recente objecto de obsessão: o compromisso. Será do senso comum, sem a presunção pretensiosa – adoro pleonasmos – de fundamento em estudos científicos, a existência de vários tipos de compromisso: religioso, amoroso, político, social, profissional, familiar, etc.. Pudemos concluir – parece-me – que compromisso é uma forma de estabelecer um ví