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A mostrar mensagens de fevereiro, 2015

sabes do que gosto

gosto dos teus olhos vivos que me olham e inquietam e como ainda não os sei ler imagino que falam de poesia gosto das tuas expressões do teu jeito meigo e carinhoso de ser gosto do teu ser criativo e energético de uma certa ingenuidade de quem revela uma saudável e comprometida infantilidade aquela que não deves nunca perder gosto quando me mimas com o teu olhar com todo o teu ser com todas as tuas expressões e palavras gosto dos teus dedos em cafuné pelos anéis do meu cabelo das tuas massagens no lóbulo da minha orelha gosto das nossas conversas parvas de entrar um pouco no teu universo na tua privacidade gosto das tuas revelações desejos e segredos gosto do desenho que fazem os teus lábios e como nunca os beijei imagino que saibam a poesia gosto de gostar de ti como gosto do poema que és     aquele que não pode ficar guardado numa gaveta que foi escrito para ser declamado em voz alta para ser admirado poema lapidado na

tira a máscara (hoje apeteces-me tanto)

apetece-me tanto abraçar-te     acariciar-te e dar-te beijos e mimos pedir-te     delicadamente     para afastares os cabelos e perguntar se te posso beijar de novo agora sem cabelos entre nós apetece-me tanto passear contigo pela praia     ou pela marginal     ou pelos jardins construir palácios e escrever romances     sim     abraçar-te e ver-te feliz apetece-me tanto segurar a tua mão e correr para ti e depois correr como quem foge correr     rir     gargalhar     ser feliz mas não é o suficiente     não nos basta     se ainda não tirámos a máscara esculpida em mármore tira a máscara          hoje apeteces-me tanto nuno malela 17.II.2015

Pergunto-me

          pelos nossos propósitos           anseios e objetivos           pelo que nos move… se não teremos agido da melhor forma se não teremos ido demasiado longe se não teremos optado pelo mais fácil se não traremos sido incorretos no meio de tantos erros se não nos teremos tornado no que não somos se não nos teremos deixado levar pela raiva se a raiva não terá tomado a voz e vencido simplesmente     pergunto-me… nuno campos monteiro 5.II.2015