nihil secretorum

entro numa casa que não me pertence descanso meu corpo num leito que não é meu hoje     ‘tudo o que tenho    e nada tenho    é teu’ vejo a madrugada a avançar mais uma noite perdida em pensamentos vazios só o consolo da tua imagem que me envolve em desvarios chego de uma estranha noite onde ninguém me entendeu porque ‘o que tenho    e nada tenho    é teu’ céu     mar     estrelas     lua noite     neblina     rua tudo é teu nuno campos monteiro 30.VIII.2017

à linda e maravilhosa  que conquistou o meu coração quando fecho os olhos     como agora o fiz o meu pensamento não me traz outro descanso que não a tua imagem     o teu nome     sabor     perfume viajo sempre até a ti trago à cena um final de tarde frio pelos idos de dezembro sentados naquela sala à espera de uma qualquer professora corpo e     quem sabe também     alma     querem sucumbir à doce tentação de um beijo que eu escrevi mais tarde como o mais belo poema trocávamos palavras soltas    aparentemente     sem nexo queríamos dar a entender sem dar a entender os nossos rostos ficavam cada vez mais próximos os nossos corpos manifestavam desejo as nossas mãos tocavam-se fingindo o acaso de repente o som do vento    o ruído da sala misturaram-se com duas respirações cúmplices transformadas num beijo que trouxeram o calor e a estranha     mas agradável     sensação de ser o primeiro ainda hoje consigo ver os teus olhos de menina que     doc

tenho      o teu sabor doce na boca      o teu odor entranhado na pele      o teu olhar cravado no mais profundo do ser      o teu sorriso desenhado na minha memória      o teu toque suave tatuado no meu corpo tenho-te no meu pensamento      a cada hora     minuto     segundo      estás em mim e eu sonho que estou em ti      e quando acordo continuo no sonho tu és o sonho que sonhei nuno campos monteiro 01.VIII.2017