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A mostrar mensagens de abril, 2018

sempre e sempre amor

non dimenticar che t'ho voluto tanto bene forse nel mio cuor puoi trovare ancor tanto e tanto amor volto a este lugar volto a ti mas quantas vezes jurei      que não     que não te voltaria a ver que passou tempo necessário  para que as idealizações se tenham quebrado  e  as ilusões atenuado que as borboletas no estômago  por fim desapareceram     voaram  sob outros céus sobre outras flores quantas vezes quantas vezes te procurei às ocultas depois de te negar três vezes e de três vezes te confessar quantas vezes volto a ti     como hoje consciente da tua indiferença e aqui estou arrependido nunca talvez o que prespetivei  fora  reduzido à simples teimosia do amor essa energia que me transcende por isso  aceito que as peças do puzzle  que seria a nossa vida    já não se encaixam talvez nunca se tenham encaixado verdadeiramente não me julgues amargurado ou infeliz a minha f elicidade é uma consequência  não um objetivo e  e

tudo menos o silêncio

gastámos tudo menos o silêncio é tarde      eu sei parece que hoje é a noite da insónia ela bateu à minha porta      teimou em entrar agora demora-se a deixar-me            bem mesmo as benzodiazepinas a convencem a sair num acto de puro egocentrismo não resisti em ler-me            depois      em mera pseudo-intelectualidade      (re)li verdadeiros poetas       régio       o’neill      mourão-ferreira      andrade e claro      ouvi a tua voz numa gravação caseira já gastámos as palavras pela rua ponho-me a pensar nas voltas que a vida dá fatum ludibrium casus ediderit diriam os latinos       vês      pseudo-intelectualidade e puro pavonismo quase pacóvio como é tão verdade           já gastei tudo olhos com o sal das lágrimas as mãos      o relógio e as pedras das esquinas tudo      menos o silêncio e apenas para afastar esta tristeza silenciar o que me queima a boca e sufoca o peito vou embalar com carinho a minha insónia     soltar

as palavras

são como um cristal as palavras                        diz o poeta algumas       cruéis como punhal que ferem      por vezes      negras       até matam mas      de repente      coloridas memórias secretas noites de amor quentes beijos sedentos olhares cúmplices     inquietos gemidos suspirados murmúrios de arrepios sussurrados quando tecidas de luz são noites sob estrelas que se enamoram ao luar pálidas      lembram paraísos verdes campos      alegres flores cravos      rosas      jasmins girassóis inquietas e atrevidas ternurentas compreensíveis amáveis e imprevisíveis recordações recordações e nada mais que assim são os homens que assim são os amantes que assim são os poetas assim são as palavras     meu amor e por vezes    por vezes    ah     por vezes já tão gastas nuno campos monteiro 04.IV.2018