Banalidade da animizade
" Si l'on me presse de dire pourquoi je l’aimais, je sens que cela ne peut s’exprimer, qu’en répondant: "Parce que c ’é tait lui, parce que c ’é tait moi" Michel de Montaigne Acredito categoricamente que a amizade se banalizou e vem sendo banalizada continuamente através de um individualismo egocêntrico dando lugar a uma espécie de nada, a uma animizade . Falo de amizades pontuais , não necessariamente interesseiras e mesquinhas, mas relações meramente sociais sem grande profundidade, facilmente descartáveis . Relações onde não há espaço para inimizades, mas também não deixamos que a semente da amizade germine. Podemos reconhecer nos amigos pontuais uma certa beleza, condão, algum mérito. Podemos até ficar encantados, porém não nos deixamos tocar interiormente; não deixamos que o afecto, a cumplicidade e o cuidado mútuos floresçam em nós; não nos permitimos à reciprocidade, à afinidade puramente gratuita e suficientemente forte para persistir no te