minha eterna boneca de porcelana fina
procuro-te e não te encontro não paro insisto e deambulo por vezes são linhas turvas e curvas por vezes são claras encruzilhadas por vezes apenas escadas íngremes e ladeiras que desço descontrolado e volto sempre ao mesmo sítio – ao passado – julgando saber onde estás saber onde estás por vezes ficamos frente a frente e ao ver-te ali finalmente onde penso saber que estás procuro-te e não te encontro procuro-te no mar vasto e imenso no sol de luz intensa no vento das palmeiras nas flores do passeio outrora alegre na foz na nossa foz mas o mar dos teus olhos enche-se de lágrimas por ti o sol esse apolo forte e altivo recua mais cedo como se eu fosse atreu ou tiestes o vento chora murmurando o teu nome em raiva e tristeza as flores curvam-se numa reza (e não sabem elas do teu cheiro) ó meu túnel de saudade nada tem já forma nada me deixa ver e até as palavras essas