sonetos meu amor
meu amor na fonte de água de cristal até onde o vento traz pela manhã as pétalas da rosa que vimos florir a pedra brilha ao sol estilhaça ao vento e à chuva o tempo passa por ela em redor o mundo fala crava na pedra vitupérios e mais alguns desditos e desdéns que importa que o mundo fale maldizendo-nos se fala sem razão falar sem saber não chega a ser falar é somente dizer meu amor importa sim aquele que chegou numa tarde de junho como a flor ao coração pés descalços ritmo lento como que a rir e a brincar com olhos iluminados e um sorriso estranho (o mais belo sorriso na verdade) e cresce a cada dia segue o seu rumo na pedra abraçando os nossos nomes naquela gravados enverga um belo vestido cor de carmim bordado de palavras egrégias cedros abetos e rosas de espuma e para nosso deleite voluptuoso deita-nos no mais cândido leito de cambraia de li