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A mostrar mensagens de janeiro, 2019

o muro entre a vida e a morte

como é frágil o muro entre a vida e a morte como e fácil galgá-lo basta um passo para o atravessar capacito-me que não é a chegada da morte que assusta mas sim a partida da vida     o desfecho para o qual nunca estamos preparados é ele quem nos destrói é ele quem nos põe impotentes incrédulos até como é sádico e perverso o muro entre a nossa vida e a nossa morte nuno malela 31.I.2019

anáfora depois da paixão

claro que não me és indiferente claro que ainda penso ti claro que quero estar contigo mas respeito e vou aprendendo a convivendo com o teu silencio e com a tua ausência claro que ainda tenho esperança nuno malela 19.I.2019

ao nosso amigo João

singela homenagem   a um professor e amigo que é e será sempre lembrado com muita saudade   o nosso pensamento não te abandona nunca porque tu não partiste porque as pessoas de quem gostamos nunca partem vivem eternamente no nosso coração as memórias e as experiências que contigo vivemos permanecem sempre são um feixe luminoso que brilha no nosso presente e nos mantém próximos a ti serás sempre o nosso caríssimo amigo e professor JOÃO nuno malela & david araújo 18.I.2019

era uma vez ou o fim da história

e agora           sim e agora o que é suposto eu fazer com o teu silêncio      com a tua ausência por mais que pense e medite não consigo perceber onde errei diz-me onde      quando e como te falhei diz-me em que te contristei para que eu me possa defender para que me seja dada a oportunidade de dizer o porquê espera    espera      ainda não terminei vem cá senta-te aqui comigo ainda há tanto para falar      tanto para revelar e descobrir ficou tanto por dizer espera      por favor      espera não vás já há sempre (in)certezas      o que seria da vida sem elas      não me dizes não deixes que o nosso era uma vez seja o fim da história   tentemos escrever algumas palavras mais algumas frases novas      ou reescrever outras mas caminhemos juntos           apenas mais um ou dois parágrafos      mas juntos ficaram tantos beijos por dar           lábios como pétalas vivas tantos abraços      rasgos de luz quente em n

pureza e desejo

claro que houve desejo e muito a tua respiração no meu rosto         pescoço     peito     carne     pele as tuas mãos a desenhar caminhos que a tua língua húmida e quente percorreu pelo meu corpo         pescoço     peito     carne     pele aproximando-se da minha boca sem palavras     apenas instinto apenas desejo apenas os gestos necessários para que os nossos corpos se unissem         bocas a respirar uma na outra         transpiração do nosso desejo animalesco claro que houve desejo e com certeza que houve pureza que dizer dos abraços quentes    dos beijos doces do toque suave das nossas mãos enlaçadas da nossa troca de olhares meigos era como se ao anoitecer todos desaparecessem do mundo apenas tu e eu éramos verdade num universo perfeito     só nosso     tão nosso e tão perfeito que não existe mais deste-me a chaves dos sonhos deste-me o caos     deste-me a harmonia hoje     ao deitar-me      penso que ess

Brevíssima reflexão sobre a confiança

Creio não ser novidade que a confiança une pessoas e propósitos. E se aliada a uma grande amizade, é capaz de conceber uma magnífica história. A confiança faz qualquer um ir mais além de si; enfrenta medos, angústias, desalentos…; desafia tempestades e tormentas; vence as mais terríveis avantesmas e aplana caminhos duradouros. Quando confiamos genuinamente em alguém, a verdade e a sinceridade imperam na relação. Nada nem ninguém quebra o vínculo da amizade. A não ser que. Exato, a não ser que. A não ser que, por algum motivo, aparentemente insignificante, mesmo que involuntário e irrefletido, um dos pares deixe que vis aprestos de outrem maculem a amizade e quebrem aquele elo tão inquebrável quanto vulnerável. Aí, o retorno é muito difícil. Quem estará disposto a percorrer os mesmos caminhos que levaram ao elo da confiança depois de traído? Porque a maior dificuldade não está em perdoar, mas em voltar a confiar sabendo que os laços são agora grilhões. Comparo – e não serei o ú